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Por que a situação do Banco Master gera um alerta para seus investimentos?

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Em 28 de março de 2025, o BRB (Banco de Brasília) anunciou um acordo para comprar 58% do capital do Banco Master. Por se tratar de um banco estatal (BRB), a tramitação da compra ocorreu na Câmara Legislativa do Distrito Federal.


Em 19 de agosto de 2025, o projeto de lei 1882/2025 foi aprovado e logo após sancionado pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), para o BRB adquirir 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do capital social do Banco Master. Porém, em 03 de setembro de 2025, o Banco Central (Bacen), responsável pela aprovação dos M&A (fusões e aquisições de empresas), rejeitou o acordo, sem se pronunciar sobre eventuais motivos.


Mas por que o Banco Master está passando por dificuldades financeiras? O banco pegava dinheiro emprestado via CDB (Certificado de Depósito Bancário), porém oferecia taxas muito acima do mercado. Para isso, os títulos ofertados eram de longo prazo.


E o que o Banco Master fez com o dinheiro recebido via CDBs? Investiu em ativos de maior risco comparado a outros bancos, como precatórios e direitos creditórios, que são ilíquidos e têm problemas financeiros. Em março, começou a se discutir a solvência do banco, que ocorre quando este não consegue honrar suas dívidas. E, quando isso acontece, o banco entra em liquidação financeira extrajudicial, que, de acordo com o site do Banco Central, é o regime de resolução que se destina a interromper o funcionamento de uma instituição e promover sua retirada, de forma organizada, do SFN (Sistema Financeiro Nacional). Essa situação é adotada quando ocorre insolvência irrecuperável ou quando forem cometidas graves infrações às normas que regulam sua atividade, entre outras hipóteses legais. Em suma, é como se fosse uma recuperação judicial para um banco, que é articulada pelo Bacen, não envolvendo um tribunal.


Quando uma instituição apresenta problemas graves, o Bacen pode intervir de diferentes formas: pode encerrar a intervenção se a situação melhorar; manter a supervisão até que os problemas sejam resolvidos; decretar a liquidação extrajudicial; ou até pedir a falência da instituição, caso seja necessário.


Uma das primeiras ações do Banco Central consiste em afastar os administradores da instituição e nomear um interventor para assumir o controle da situação. Esse interventor possui autoridade para solicitar a falência do banco caso os ativos não sejam suficientes para cobrir, no mínimo, metade das dívidas não garantidas. Além disso, ele pode exigir a falência se a liquidação extrajudicial não representar a melhor solução. O interventor também está habilitado a atuar em situações que envolvam suspeitas de crimes relacionados à falência.


A intervenção pode acontecer automaticamente em situações como: atraso no pagamento de compromissos financeiros; desrespeito às regras do setor; prejuízos que coloquem em risco os credores; ou quando a instituição não inicia sua liquidação após perder a autorização para funcionar. O Banco Central também monitora de perto a administração da liquidação para evitar que a demora cause mais prejuízos.


Quando a liquidação extrajudicial é decretada, várias consequências entram em vigor imediatamente: ações judiciais contra a instituição são suspensas; as dívidas vencidas são cobradas antecipadamente; os juros param de correr; e a prescrição das obrigações é interrompida. Além disso, não é possível cobrar correção monetária ou multas relacionadas a infrações.


O processo de liquidação termina quando o Banco Central entende que os credores foram pagos integralmente, quando a instituição muda seu foco para atividades fora do sistema financeiro, quando o controle da empresa é transferido, ou ainda quando os ativos são totalmente vendidos e o dinheiro distribuído, mesmo que nem todas as dívidas sejam quitadas. Também pode encerrar se os ativos restantes forem difíceis de vender.


Essas ações mostram o compromisso do Banco Central em proteger o sistema financeiro e os clientes, buscando sempre a melhor solução para manter a confiança e a estabilidade do mercado, mesmo diante de situações difíceis.


Contudo, no pior dos casos, o cliente terá que recorrer ao FGC (Fundo Garantidor de Créditos), entidade privada sem fins lucrativos que protege depositantes e investidores no Brasil, garantindo a devolução de valores em caso de falência ou liquidação de uma instituição financeira associada, até o limite de R$ 250 mil por CPF/CNPJ e por instituição financeira, com um teto de R$ 1 milhão a cada quatro anos por pessoa. Das 622 milhões de contas existentes na instituição (FGC), 620 milhões possuem saldo totalmente coberto por esse limite de garantia. Caso todas as contas do Banco Master precisassem acionar o FGC, o valor total a ser desembolsado pela entidade chegaria a aproximadamente R$ 50 bilhões.


Porém, não se desespere caro leitor, o FGC hoje tem em torno de 121,1 bilhões de reais, valor esse mais que o suficiente para honrar as dívidas deixadas pelo Banco Master. Para tanto, esse valor que será desembolsado deverá ser reaplicado novamente, e quem reaplica esses valores são os outros bancos, que possuem cotas no FGC. Cada instituição financeira contribui com 0,01% por mês do saldo de depósitos elegíveis.


Contudo, com essa situação adversa, o Bacen pode requerer que os bancos dobrem esse aporte e antecipem aporte de cinco anos à frente. Para tanto, o Banco Itaú, maior instituição financeira da América Latina, teria que fazer um aporte de algo em torno de 5 bilhões, quase metade do seu lucro semestral de 11,5 bilhões.


E como isso impacta seus investimentos? Com esse possível aporte ao FGC, os bancos tendem a diminuir suas taxas de CDBs, como forma de minimizar os ganhos perdidos. Além disso, outra estratégia que os bancos podem utilizar seria aumentar ainda mais suas taxas de empréstimos, tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas, o que compromete a atividade econômica.


Porém, nem tudo é desanimador. Em situações de dificuldade, sempre aparecem oportunidades e, para isso, nada como estar bem assessorado financeiramente para aproveitá-las. Para tanto, conte com a AkiVC Invest para te ajudar com seus investimentos e assegurar um crescimento de seu patrimônio. Entre em contato conosco e agende uma reunião para conhecer nossos assessores e todos os benefícios do nosso escritório. É simples, fácil e prático!




Rafael de Souza Castro

Estudante de Economia – PUC Minas

Estagiário da AkiVc Invest


 
 
 

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